sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Vendem-se unicórnios

Carta dela para ele, a qual ele nunca leu. Fiquei sabendo que depois que você sumiu da minha vida, conheceu novas pessoas. Me conte, como é? É bom ter a sensação de ter pessoas que ama do seu lado? É que de uns tempos para cá não sei mais o que é isso. Me sinto sozinha constantemente, sinto medo e insegurança. Como anda seu coração? O meu ainda está em pedaços, aqueles pedaços que você ainda faz parte. Seu cheiro ainda esta na minha roupa. Seu rosto ainda vem na minha mente e me faz dar aqueles sorrisos bobos e ter aquelas sensações estranhas no coração. Me diz, você sente minha falta? Não me ligou mais, que eu me lembre tinhamos muitos planos juntos, e você tinha muitas promessas para cumprir. Me responda, onde elas foram parar? E o para sempre que você sorria e me dizia todos os dias? Parece que foram em vão. (…) Tudo bem, se é assim, continarei andando, seguindo o meu caminho pelo qual eu encontro muitas pedras e barreiras gigantes. Vou te assumir uma coisa, eu caio, caio toda hora, me levanto fraca, diferente de como dizem que você cai e se levanta forte. Não me compreendo mais, nem sei o que se passa pela minha cabeça, só sei pensar em você, em que você está fazendo, se ainda se lembra de mim, sabe? É uma vida nostálgica que parece que dá mil voltas e para no mesmo lugar, sempre. Mas tudo bem, passei a me acostumar com essa monotonia, que me sufoca, que me faz ter vontade de gritar e me esconder do mundo. Dói, dói demais saber que eu não faço mais parte da sua vida, e lembre-se que é o meu motivo para sorrir, mesmo que eu não seja o seu.  Mariana Aires (lastbitc-h)
Pronto. Elas esquecem de mim, o que entendo perfeitamente. Apesar da megatransformação, continuo com dois enormes olhos esbugalhados, vendo tudo isso do ponto de vista do peixe-esponja que, no fundo, ainda sou. Entre o amontoados de sentimentos, mais um vai se aninhando. Uma tristeza com recheio de solidão.
Postado por às 06:10
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